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Ablação por Radiofrequência

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INTRODUÇÃO

A ablação por radiofrequência é o procedimento mais eficiente para o tratamento definitivo das arritmias cardíacas. É realizada através dos cateteres por veias e artérias, sem a necessidade de abertura do tórax. Dessa forma a recuperação é muito rápida e o paciente pode sair do hospital após 24 a 48h. O procedimento é totalmente indolor. Normalmente a ablação é precedida pelo estudo eletrofisiológico e pelo mapeamento dos focos de arritmias, realizados no mesmo procedimento. Com as técnicas e a infraestrutura atualmente utilizadas pela equipe de arritmias do Hospital do Coração tem-se obtido elevado índice de cura das arritmias e sem complicações.

FINALIDADE

É o tratamento definitivo com o objetivo de curar as arritmias cardíacas. Desta forma, além de eliminarmos os sintomas e o risco da doença o paciente não mais necessita do uso contínuo de medicamentos, ficando livre dos seus efeitos colaterais e dos custos mensais para a sua compra.

ABLAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA TERMO CONTROLADA POR COMPUTADOR

Trata-se de uma microcoagulação feita com energia de radiofrequência aplicada com cateteres especiais nos focos das arritmias mapeados pelo estudo eletrofisiológico. Um computador faz o ajuste permanente da quantidade de energia que o aparelho aplica no coração, para que a temperatura sentida pela ponta do cateter seja constante e para que não ultrapasse os limites de segurança. A ablação termocontrolada é o método mais seguro de tratar as arritmias cardíacas, de forma definitiva.

INDICAÇÃO

A maior parte das arritmias cardíacas pode ser curada com a ablação por radiofrequência. Desta forma, os pacientes com arritmias de alto risco, os que respondem mal ao uso de medicamentos ou os que necessitam altas doses para controle são os mais beneficiados. As arritmias de baixo risco também podem ser eliminadas principalmente nos casos com alta probabilidade de sucesso. Podem ser tratadas por este método as taquicardias supraventriculares e as taquicardias ventriculares. Extra-sístoles frequentes e sintomáticas também podem ser curadas. Atualmente, melhorias nos equipamentos de mapeamento permitem tratamento com elevado índice de sucesso da fibrilação atrial, uma taquicardia supraventricular específica que tem elevada incidência na população.

PREPARO PARA A ABLAÇÃO

Como a ablação normalmente compreende um estudo eletrofisiológico, o preparo é muito semelhante. Alguns remédios deverão ser suspensos antes do procedimento. Recomenda-se jejum de 6 h.

O preparo consta de depilação nas regiões inguinais e torácica, exame pré-operatório básico de sangue e eletrocardiograma. É instalado um soro para administrar medicações endovenosas.

O preparo consta de depilação nas regiões inguinais e torácica, exame pré-operatório básico de sangue e eletrocardiograma. É instalado um soro para administrar medicações endovenosas.

PROCESSO

O paciente é orientado e preparado pela enfermeira da unidade onde ficará internado. No Hospital do Coração, as ablações são realizadas em laboratório especialmente montado no centro cirúrgico, o que acrescenta uma enorme e moderna estrutura de suporte garantindo a maior segurança na realização destes procedimentos.

Chegando ao laboratório de eletrofisiologia, o paciente é recebido pela equipe médica e de enfermagem, que irão prepará-lo e conectá-lo a vários monitores (polígrafo computadorizado, aparelhos automáticos de medida de oxigênio, gás carbônico, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória). Serão aplicados medicamentos através do soro previamente instalado. Além da anestesia endovenosa é feita anestesia local. Neste momento o paciente já está dormindo. Através de punções de veias e eventualmente de artérias nas regiões inguinais, são introduzidos eletrodos que chegam às cavidades cardíacas guiados por radioscopia (Raios X). Os médicos da SEMAP desenvolveram uma técnica que permite que todo o procedimento seja feito pela virilha, dispensando o uso de veias subclávias (perto do pescoço), resultando em pós-operatório confortável, indolor, com apenas um curativo e reduzindo-se a possibilidade de complicações.

Esses cateteres captam os sinais gerados pela atividade elétrica do coração, que são registrados em aparelhos especiais. Isto permite que se identifiquem os pontos responsáveis pela origem ou pela manutenção das arritmias. Utilizando-se um cateter especial (dotado de termístor e com dirigibilidade externa) se faz a aplicação de radiofrequência nos locais selecionados. A duração da ablação é variável, dependendo de cada caso. Ao término dos procedimentos, é feita compressão no local da punção e aplicado um curativo compressivo sem a necessidade de pontos. Neste momento, utilizando-se medicamentos específicos a anestesia é interrompida e o paciente acorda sendo encaminhado ao seu quarto na companhia dos familiares.

RISCOS

O estudo eletrofisiológico e a ablação por radiofrequência são considerados métodos seguros, mas, como todo procedimento médico, eventualmente podem ocorrer algumas complicações. Apesar de se utilizar uma quantidade reduzida de raios X não se recomenda a realização durante a gravidez. Em casos de extrema gravidade, pode ser realizado em grávidas com cuidados especiais.

Hematoma: Pode aparecer no local onde foram feitas as punções. Normalmente são facilmente resolvidos. Para diminuir a chance de hematomas, o paciente deverá ficar em repouso algumas horas após a ablação.

Trombose (coágulo de sangue): Na veia ou artéria onde foram feitas as punções, diante de situações especiais, poderá ocorrer a formação de coágulos no interior desses vasos, apesar do uso de anticoagulantes. Rotineiramente, durante e após os procedimentos, são tomadas medidas para evitar este problema. O uso de anticoncepcionais hormonais, o tabagismo, a idade avançada, o diabetes, sexo feminino dentre outros são fatores predisponentes que necessitam de cuidados adicionais para prevenção deste problema. Sempre solicitamos fisioterapia precoce nos membros inferiores e o paciente permanece acamado o menor tempo possível. Os familiares poderão ajudar fazendo uma “drenagem” manual no pós-operatório, e nas duas pernas, massageando desde o pé, até a raiz da coxa e sempre nessa direção, facilitando a circulação e impedindo que o sangue fique estagnado, situação que é favorecida pelo curativo compressivo.

Infecção: Pelo fato de ser procedimento realizado sem a abertura do tórax, o risco de infecção é muito baixo. Além disto, se a ablação é realizada em centro cirúrgico o risco é ainda muito menor. Não temos registro de infecção no local das punções em nossos pacientes. Não obstante utiliza-se frequentemente um antibiótico profilático. Atenção normal com o curativo complementa os cuidados necessários.

Bloqueios: Em casos raros, a via anormal ou o foco responsável pela arritmia pode estar muito próximo do sistema normal de condução do coração. A eliminação desta via anormal ou foco poderá gerar certo risco de lesão do sistema normal, provocando algum tipo de bloqueio transitório ou permanente. Dependendo do bloqueio, poderá vir a ser necessário o implante de um marca-passo. Nestes casos especiais o médico, certamente, irá discutir estes riscos com o paciente. Em casos de dúvidas, não hesite em falar conosco para abordar este assunto. Utilizamos técnicas modernas e aparelhos especialmente desenvolvidos para evitar esse tipo de complicação, mesmo nos casos onde esse risco é evidente. Orientações adicionais após o procedimento

As punções não requerem pontos, apenas um curativo compressivo no local é suficiente. O paciente retorna para o quarto acordado permanecendo em repouso absoluto com a perna imobilizada por 4 a 6 horas. A alimentação é liberada em algumas horas. A pressão sanguínea, o pulso e o local do curativo são examinados atentamente pela enfermagem. A “drenagem” dos membros inferiores é orientada e pode ser realizada pela própria família, no quarto, envolvendo os familiares na recuperação do paciente.

ALTA HOSPITALAR

O paciente será orientado pela enfermeira quanto aos cuidados com o local da punção, não havendo necessidade de refazer o curativo. A região deve ser lavada com água e sabão mantendo-a sempre seca e limpa. Em alguns casos, serão receitados alguns medicamentos, inclusive antiarrítmicos. O retorno ao trabalho geralmente ocorre dentro de três dias a uma semana. O paciente recebe um relatório completo contendo as informações sobre tudo o que foi realizado, inclusive com fotos dos locais do coração que foram tratados. É comum o aparecimento de manchas arroxeadas na virilha onde foram realizadas as punções e também em regiões mais afastadas, como a face anterior, medial ou posterior da coxa. Essas manchas são provocadas pelo extravasamento de sangue que ocorre durante o procedimento, mas principalmente no pós-operatório quando o paciente não segue as orientações corretamente. Esse sangue, retido nas camadas mais profundas, aparece sob a pele dias após o procedimento e não deve assustar o paciente. Se houver dor local, calor, vermelhidão, secreção ou endurecimento local ou próximo, o paciente deve informar rapidamente a equipe para que providências adicionais sejam tomadas, evitando complicações. O paciente tem toda a liberdade e deve aproveitar dela para desfazer qualquer dúvida, a qualquer momento, o que evita muitas vezes maiores complicações.

RETORNO AO MÉDICO QUE INDICOU A ABLAÇÃO

Após a ablação, o paciente deverá retornar ao médico que solicitou o procedimento, levando o relatório emitido ao final do mesmo. O médico que encaminhou o caso deverá manter o controle clínico baseado nas informações do relatório. A maioria dos pacientes sente “ameaças” de taquicardias até o segundo ou terceiro mês após a ablação (é a chamada “síndrome pós-ablação”). Isto não é preocupante devendo desaparecer naturalmente.

Dependendo do tipo de arritmia e o local tratado, em 2% a 5% dos casos, a arritmia poderá voltar após a ablação. Nestes casos, frequentemente uma aplicação complementar de radiofrequência resolve definitivamente o problema. Sempre que possível é fundamental que se realize um eletrocardiograma durante a arritmia. Isto é importante, pois eventualmente outras arritmias podem estar sendo as responsáveis pela suspeita de recorrência.

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